JORNAL DE NOTICIAS 10-12-2004

Reabilitação da Boavista arranca em Fevereiro

Há 26 empresas interessadas em reabilitar o troço final da Avenida da Boavista, no Porto. A abertura das propostas, submetidas a concurso público lançado no passado dia 15 de Novembro, teve lugar ontem de manhã na Empresa Municipal de Gestão de Obras Públicas (GOP). Todas as candidaturas foram admitidas num procedimento muito concorrido. Feitas as contas, serão avaliadas as propostas de 24 candidaturas, envolvendo 26 construtoras. As obras começam em Fevereiro.

O preço-base do concurso é de 9,5 milhões de euros, que serão investidos na requalificação urbana da avenida, entre a Fonte da Moura e a Praça de Cidade do Salvador, e a substituição de infra-estruturas, em especial dos sistemas de drenagem de águas pluviais para acabar com as inundações do parque de estacionamento do Castelo do Queijo. A empreitada será suportada pela Empresa do Metro, embora o dono de obra seja a GOP, que seguirá o projecto dos arquitectos Álvaro Siza e Souto Moura. Este estudo já contempla as normas de segurança, definidas pela Federação Internacional de Automóveis (FIA), a pensar na reedição do antigo circuito da Boavista, em Junho de 2005.

O acordo entre a Câmara do Porto e a Metro permitiu o lançamento da reabilitação urbana do troço final da avenida, que será executada em duas fases. A primeira corresponde ao troço entre a Praça de Cidade S. Salvador, Castelo do Queijo e Avenida do Parque. É justamente a zona onde a drenagem de águas pluviais se revela insuficiente. Sempre que chove com intensidade, o sistema actual não consegue colher a água que desce a Boavista e se acumula no parque de estacionamento do Castelo do Queijo.

A data prevista para o arranque da fase inicial de reabilitação da avenida é Fevereiro do próximo ano com custo avaliado de seis milhões de euros. As obras têm de ficar concluídas em Junho, para que, após as festas de S. João, os automóveis clássicos possam voltar a correr no circuito da Boavista.

A segunda fase da empreitada ficará para mais tarde. O arranjo urbanístico entre a Fonte da Moura e a Avenida do Parque deverá começar em Novembro do próximo ano e o custo estimado é de 3,5 milhões de euros.

Ontem, a GOP abriu as 24 propostas dos candidatos à execução das duas fases da requalificação da avenida. Ao concurso, candidataram-se 26 construtoras conhecidas, como a Soares da Costa, a Somague Engenharia, a Teixeira Duarte, a Construtora do Tâmega, a Mota-Engil, a Edifer Construções, a Monte & Monte ou a SPIE Batignolles Europe. Há, ainda, dois consórcios concorrentes a união da empresa Contacto Construções com a Gabriel Couto; e da Tecnovia com Jaime Queirós Ribeiro.

O nome do vencedor do concurso público só será conhecido no início do próximo ano.

O projecto está concluído desde Junho de 2002 e a ponte do Infante foi aberta em Março de 2003. Mas só ontem a Empresa do Metro lançou o concurso público para a requalificação prometida do Passeio das Fontainhas e da zona envolvente da travessia. O preço-base é de 1,2 milhões de euros.

Há mais de um ano que a população das Fontainhas espera pela concretização dos melhoramentos na alameda e no passeio, junto à ponte. A intervenção obedecerá ao projecto do arquitecto Alexandre Burmester. A abertura das propostas, que serão submetidas a concurso público, está agendada para 27 de Janeiro do próximo ano. O arranjo urbanístico deverá começar até ao final do primeiro trimestre de 2005.

O atraso no arranque da obra deve-se à demora da Câmara do Porto para dar o aval ao projecto. Esperou mais de dois anos pela aprovação municipal, que foi concedida, em Outubro, pelo vereador do Urbanismo, Paulo Morais. Foram introduzidas pequenas alterações ao desenho de Alexandre Burmester, que não será concretizado na totalidade. A construção da via desnivelada na Viela da Pedreira ficará para mais tarde. Para já, avançam as melhorias no pavimento e na iluminação da Alameda e do Passeio das Fontainhas, sem descaracterizar o espaço e criando-se um passeio pedonal com cubos de granito e plátanos. Próximo do muro, ficará uma plataforma inferior, desenhando bancos para a contemplação do rio.

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