A velocidade dos automóveis clássicos regressa à Avenida da Boavista no início do Verão de 2005. Após as festas da cidade, a Câmara do Porto recupera o famoso circuito internacional da Boavista, que encantou os amantes do automobilismo e da Fórmula 1 nas décadas de 50 e de 60. Antes do sinal da partida, o troço final da avenida entrará em obras e terá de ficar concluído até Junho do próximo ano.
Os trabalhos de requalificação urbana obedecem ao projecto da linha do metro para a Boavista, que já foi ajustado a pensar na reedição do antigo circuito e segue as normas de segurança da Federação Internacional de Automóveis (FIA). Após o S. João, os carros clássicos têm ordem para acelerar no circuito da Boavista com pilotos de hoje e o reconhecimento da FIA, embora não contem para o campeonato internacional da modalidade. Serão três dias de corridas.
"O circuito era muito conhecido no estrangeiro. A maior parte destes circuitos são em autódromo. O Porto, tal como o Mónaco, tem a particularidade de ser dentro da cidade. A reedição das corridas tem uma componente desportiva inegável, mas é, sobretudo, uma acção de turismo e de promoção da cidade", explicou, ontem, Rui Rio, presidente da Câmara do Porto. No final desta semana, o circuito será apresentado em Londres e, no dia 14, a promoção muda-se para o Porto num jantar na Alfândega.
O regresso ao passado tem um sabor especial para o vereador das Actividades Económicas. Amante das corridas, Fernando Albuquerque foi piloto numa das provas no circuito da Boavista. "Era muito pequenino quando comecei a ir às corridas e mudava as placas com o número de voltas. Depois cresci e passei a correr", recorda o autarca sem esquecer os milhares de adeptos do Norte do país que vinham à cidade só para ver as corridas na Boavista. C.S.L.
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