A ultima edição do Grande Prémio de Portugal de F1 fez os espectadores reconciliarem-se com a F1, depois de uma prova onde o suspense e a amoção foram uma constante ao longo de toda a prova. Jacques Villeneuve fez o que se esperava dele: venceu, na frente de Damon Hill mantendo acesa a esperança de poder conquistar o título mundial.Mas fez mais, demonstrando o que, ao longo da época, poucas vezes tinha feito.
Na "parabólica" à 16ª volta, efectuou uma ultrapassagem de raça e de sonho e logo a Michael Schumacher. Este que se preparava para ultrapassar um Minardi à saida da "parabólica", tinha Villeneuve atrás de si e abrandou ligeiramente para poder entrar mais rapidamente na recta da meta evitando a ultrapassagem de Villeneuve. Contudo, o canadiano, com a sua experiência das "ovais" americanas onde por vezes se tem que andar pelas "zonas sujas" da pista, atacou por fora e consumou uma fabulosa ultrapassagem a um atónito Schumacher que nem queria acreditar no que lhe estava a acontecer. Depois, tudo se decidiu nos reabastecimentos – três – que tanto Villeneuve como Hill efectuaram.
Após o primeiro reabastecimento Hill perdeu 8 dos 20 segundos que anteriormente detinha sobre o seu colega de equipa. Na altura do segundo reabastecimento Hill voltou a perder mais 3 segundos antes de o efectuar e mais 4 segundos após retornar à pista. Até ao ultimo reabastecimento os dois pilotos da Williams iriam rolar colados com Hill no comando. Hill foi o primeiro a parar para o ultimo reabastecimento e nessa altura Villeneuve efectuou uma volta-canhão, o que lhe valeu, após a sua ultima paragem para reabastecimento, sair mesmo à frente do inglês, dominando até final e conquistando a sua 4ª vitória no Mundial. Os Ferrari nunca se adaptaram à pista e Schumacher não conseguiu ir além do 3º lugar. Alesi, após um belo arranque andou muito tempo em segundo, mas a cartografia do Benetton não era perfeita e não conseguiu melhor que o 4º lugar final.
Irvine e Berger discutiram acesamente o 5º lugar e chegaram mesmo a tocar-se na ultima volta dentro da nova "variante" podendo contudo prosseguir. Pedro Lamy não foi feliz. Falhou o arranque e só conseguiu voltar à pista quando os lideres da corrida concluiam já a segunda volta de corrida. Daí não ter podido ir mais além do que o 16º lugar.
FICHA DA PROVA
16º GP de Portugal - 22 de Setembro de 1996
Circuito: Estoril - Perímetro: 4360 metros - Voltas: 70 (305,200 Km)
Grelha de Partida:
1ª LINHA: Damon Hill (Williams) 1:20,330 Jacques Villeneuve (Williams) 1:20,339
2ª LINHA: Jean Alesi (Benetton) 1:21,088 Michael Schumacher (Ferrari) 1:21,236
3ª LINHA: Gerhard Berger (Benetton) 1:21,293 Eddie Irvine (Ferrari) 1:21,362
4ª LINHA: Mika Hakkinen (McLaren) 1:21,640 David Coulthard (McLaren) 1;22,000
5ª LINHA: Rubens Barichello (Jordan) 1:22,205 Martin Brundle (Jordan) 1:22,324
6ª LINHA: H-Harald Frentzen (Sauber) 1:22,325 Johnny Herbert (Sauber) 1:22,655
7ª LINHA: Mika Salo (Tyrrell) 1:22,765 Ukio Katayama (Tyrrell) 1:23,013
8ª LINHA: Olivier Panis (Ligier) 1:23,055 Jos Verstappen (Footwork) 1:23,531
9ª LINHA: Ricardo Rosset (Footwork) 1:24, 230 Pedro Diniz (Ligier) 1:24,293
10ª LINHA: Pedro Lamy (Minardi) 1:24,510 Giovani Lavaggi (Minardi) 1:25,612
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